Nesta reflexão buscamos trazer a opinião de alguém que possa contribuir com nosso desenvolvimento, permitindo ampliar nossa percepção de temas pertinentes ao exercício da liderança.

Dessa vez ouvimos uma palestra do professor Cesar Bullara (diretor e professor do departamento de gestão de pessoas e professor de ética nos negócios no ISE Business School) que considera como os 3 pilares de um gestor os seguintes aspectos:
“Liderar é conseguir o comprometimento das pessoas para que façam espontaneamente a contribuição necessária para o propósito em comum”. E sugere três pilares:
- autoconhecimento – conhecer os pontos fortes e debilidades
- autogoverno – construir seu próprio processo de crescimento e desenvolvimento pessoal
- formação de pessoas –
Como o Professor é filósofo ressalta a contribuição da filosofia para o mundo atual – “ajuda uma percepção mais profunda do ser humano, da sociedade, do que é o trabalho humano. Inspira potencializar as qualidades de uma pessoa. Descobrir os talentos das pessoas para que desabrochem. Dão luz para algumas definições e encaminhamentos porque permite um olhar mais profundo. O executivo é um tomador de decisão e precisa levar em conta as alternativas e critérios amplos para não tomar decisão enviesada.”
Ao longo de seu convívio com executivos o Professor sempre pergunta se é importante ser feliz no trabalho. Todos respondem afirmativamente. Trabalhar no que gosta de fazer.
O Professor ensina sobre motivação. Geralmente falamos em motivação no singular. “Mas existem diferentes tipos de motivação: podem ser extrínsecas (ligadas a recompensas ou fatores externos), intrínsecas (relacionadas à automotivação e ao autodesenvolvimento) e transcendentes (quando o que nos motiva é ter impacto positivo na vida dos outros).”
Consideramos estes pontos de vista do Professor totalmente convergentes com os conteúdos do P.I.L. (Processo de Inovação da Liderança). Reforçam inclusive o destaque que temos dado para o quanto é fundamental essa viagem ao nosso mundo interno, percorrer as trilhas do autoconhecimento que são altamente desafiadoras.
E apenas através do autoconhecimento que chegaremos a desenvolver nossa capacidade de autogestão. Sem estes dois pilares não construiremos o terceiro: formar equipes.
Trouxemos inclusive a visão do Professor que coincide com a nossa no sentido de que o líder – que deverá ser um aprendiz permanente – tem a incrível missão de alavancar o talento dos liderados. Esse líder bem desenvolvido terá condições de proporcionar boas motivações extrínsecas, incluindo aí levar a equipe a refletir sobre os benefícios do autodesenvolvimento e de construir o propósito de contribuir para o crescimento de todos que o cercam.
Estes vários aspectos acima mencionados nos permitem excelentes reflexões para trazer maior consciência às vantagens de exercermos uma liderança educadora consciente.
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