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REFLEXÕES SOBRE A SOCIEDADE DO CANSAÇO - Autor: Maria Helena Simões de Carvalho


O exercício da leitura é altamente benéfico para nós seres humanos. Desde as melhoras no desempenho de nosso cérebro, ampliando as conexões neuronais, estimulando a criatividade, desenvolvendo o senso crítico e a capacidade de análise, incorporando diferentes conteúdos... muitos e muitos benefícios.

Como estamos num momento de gigantes transformações, incontáveis pressões, pessoas ficando traumatizadas em dar conta de todas as expectativas (explícitas e implícitas), hiper demandadas, consideramos altamente oportuno trazer pontos de reflexão! O intuito é que cada um possa, após considerar detalhadamente o tema aqui proposto, escolher caminhos diferentes do que apregoado (bombardeado) nas mídias sociais.

Nesse convite à reflexão nos inspiramos na obra de Byung-Chul Han – Sociedade do Cansaço - “o excesso do aumento no desempenho provoca o infarto da alma”

A pressão social por desempenho pode acarretar fadiga emocional que redunda em depressão e muitos outros transtornos emocionais.

Esse mais de meio século de empenho em aprender todo tempo sobre nós seres humanos e poder compartilhar através do nosso PIL (processo de inovação da liderança) com os profissionais de hoje, principalmente àqueles dedicados a liderança, sempre redobra nossa energia no incentivo ao autoconhecimento - Uma viagem para toda vida que exige Mente Atenta e Empenho. Nada milagreiro como linhas de autoajuda: “Sim, você pode!” Há uma distorção vendendo facilidades, perigosa = caso a pessoa não alcance pode deprimir-se. O enfoque do PIL não estimula escravidão por super desempenho.

Acreditamos na proposta de buscar perspectivas que contemplam toda nossa potencialidade. Ou seja, podemos alavancar nossas possibilidades diante dos desafios cotidianos. Nesse movimento nos descobriremos mais fortes, nossa autoimagem se torna mais robusta.


O alerta do autor Byung-Chul Han é para uma sociedade que é vítima da sua própria superprodução, desesperada pelo melhor empenho, uma sociedade super exposta, índices altos de depressão, síndrome de burnout, todos hiperativos e ansiosos, aficionados na ambição da eficiência e de não poder fracassar. O excesso de positividade, sempre querendo um melhor desempenho, maior produção – causando na realidade depressão e sentimento de fracasso.

Ser guiado por “projetos, iniciativa, motivação” com super desempenho, opressão a partir de dentro, cobrança interna. Uma imposição de ser bem sucedido, bem resolvido. Tudo isso causa “fadiga geral pelo excesso de estímulos”. Perde-se o aprofundamento porque a atenção deve ser ampla e rasa.

Muito importante refletir sobre todos estes aspectos, buscando – de forma mais serena – compreender nossos mais íntimos sentimentos, identificar nossos desejos, com tranquilidade. Caminhar nessa trilha do autoconhecimento de um modo prazeroso. Usufruir desses momentos, se habituar a respeitar um espaço para essa conversa interna, esse convívio consigo mesmo.

Temos a convicção que essa trilha para dentro é desafiadora justamente por não termos aprendido. Nossa educação foi toda para fora de nós, demandas de atender “modelos” de sucesso pessoal ou profissional para responder ao externo.

Nosso maior empenho é por um autêntico processo no sentido do fortalecimento interno ao descobrir tantos potenciais adormecidos por pura falta de atenção a eles.

Líder educador consciente significa descobrir em si – de forma respeitosa, calma e acolhedora - para então poder inspirar e contribuir para alavancar o melhor nos demais. Desestimular a competição predatória e focar num exercício de autossuperação, equilibrando da melhor forma possível todas as diferentes áreas de nossa vida!

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